5º Simpósio Internacional de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA CAPACIDADE FUNCIONAL MUSCULAR ESQUELETICA COMO PRENUNCIADORA DE REMODELAÇAO APOS O INFARTO DO MIOCARDIO

Introdução, Objetivo, Metodologia, Resultados, Considerações finais

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é responsável por grande número de hospitalizações e óbitos em todo o mundo e um preditor de má evolução após o IAM é a remodelação ventricular. Na fase aguda do infarto há desintegração do colágeno interfibrilar. A perda desse tecido torna a região mais propensa a deformações, denominadas de expansão do infarto. Diversos estudos têm demonstrado que medicamentos ou procedimentos que modificam a remodelação ventricular estão associados à melhor evolução dos pacientes como a remodelação cardíaca reversa, outro fator importante é a força de preensão palmar, a força do músculo esquelético se altera em associação com eventos cardíacos, já a composição corporal demonstra que em indivíduos portadores de maior massa magra, tem significativamente maior força que os indivíduos portadores de menor massa magra. Objetivo: Avaliar a força da musculatura esquelética e a composição corporal como prenunciadoras de remodelação ventricular, remodelação reversa e disfunção ventricular após o IAM de parede anterior. Metodologia: A análise da força muscular esquelética foi obtida pela técnica de Handgrip, feita por meio de aparelho específico, Hand Dinamometer T-18. Foi utilizado o método de impedância bioelétrica para a avaliação da composição corporal. Para a remodelação cardíaca, foi realizado o ecocardiograma para avaliar a parede anterior do ventrículo esquerdo. Todas as análises foram realizadas entre o 3º e 5º dia após o infarto. Resultados: Em relação a força muscular e composição corporal, não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos avaliados para remodelação cardíaca e disfunção com fração de ejeção ˂ 50%. Na remodelação cardíaca reversa também não foram encontradas diferenças significativas para os parâmetros de força muscular e composição corporal. O percentual de massa magra mostrou-se como preditor para a remodelação cardíaca reversa quando ajustado por sexo, idade e enzimas CK-MB assim como o percentual de gordura ajustados para as mesmas variáveis. Considerações finais: Os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a força muscular não é preditora de remodelação. Por outro lado, a maior porcentagem de gordura avaliada pela bioimpedância é preditora de remodelação cardíaca reversa após a oclusão coronariana.

Palavras Chave

Angina instável; Remodelação ventricular; Ecocardiografia; Força muscular.

Área

Tema livre

Autores

TAMIRES MOTA TONI, MYLLENA LEMES SCARDINO VIEIRA, FRANCIS LOPES PACAGNELLI, CLAUDIO SPINOLA NAJAS