5º Simpósio Internacional de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DO EMPREGO DE ALTA POTENCIA E CURTA DURAÇAO NA OCORRENCIA DE LESAO ESOFAGICA DURANTE ABLAÇAO DE FIBRILAÇAO ATRIAL: EXPERIENCIA INICIAL.

Introdução, Objetivo, Metodologia, Resultados, Considerações finais

Introdução: A lesão térmica esofágica (LTEsof) na ablação (ABL por radiofrequência (RF) para tratamento de fibrilação atrial (FA) permanece um problema não resolvido. A técnica de ABL com emprego de Alta Potência e Curta Duração (APCD) emergiu como alternativa capaz de determinar menor aquecimento condutivo prolongado do esôfago reduzindo a chance de LTEsof.
Objetivo: Apresentar a experiência inicial do grupo com APCD no tratamento de FA avaliando seu impacto na ocorrência LTEsof.
Métodos: 14 pacientes (PTS) foram submetidos a ABL de FA com emprego de APCD entre março e agosto de 2019. 09 PTS eram homens, idade de 57,9 ± 20 anos. 11 PTS (78%) tinham FA paroxística e 3 PTS (22%) FA persistente com menos de 1 ano. O diâmetro de átrio esquerdo (AE) foi de 42 ± 9mm. Uma paciente tinha megaesôfago. Foram empregados cateteres de ABL irrigado, com monitoramento de força de contato. As aplicações de RF foram padronizadas em 50 watts por 5 segundos, com irrigação em 30ml/min e força de contato na parede posterior de 10g. A temperatura esofágica foi monitorada, interrompendo-se as aplicações de RF se ≥ 38°C. A técnica de ABL foi o isolamento antral ponto a ponto das veias pulmonares. Em 02 PTS foi realizado isolamento da parede posterior do AE e em 3, ABL do istmo cavo-tricuspídeo. Nas primeiras 24hs foi realizada endoscopia digestiva (EDA). A EDA foi repetida entre 4 a 7 dias quando constatada LTEsof. As LTEsof foram classificadas como: ausente; eritema sem descamaçãoo (tipo 1); eritema com descamação (tipo 2); úlcera esofágica (tipo 3).
Resultado: LTEsof foram observadas em 3 PTS nas primeiras 24hs (21%) sendo do tipo 2 em 2 PTS e do tipo 3 em 1 paciente. As lesões foram assintomáticas. Em 1 paciente com LTEsof do tipo 2 houve resolução completa em 7 dias. No outro houve perda de seguimento. No caso de LTEsof do tipo 3 houve melhora parcial na EDA realizada no quarto dia. Não houve LTEsof nos casos de ABL da parede posterior e no caso de mega-esôfago.
Conclusão: A ablação de FA por técnica de APCD manteve taxas elevadas de LTEsof nessa experiência inicial. Resolução completa de LTEsof pode ocorrer precocemente, podendo ser sub-diagnosticada em EDA após 7 dias.

Palavras Chave

ablação;fibrilação atrial;alta potência curta duração

Área

Tema livre

Autores

GUILHERME GAESKI PASSUELLO, CARLOS EDUARDO DUARTE, SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO, ANDRE BRANBILLA SBARAINI, THIAGO REGO DA SILVA, JOÃO DURAVAL RAMALHO TRIGUEIRO, FELIPE AMORIM M STELA, LUCIENE DIAS DE JESUS, JAQUELINE CORREIA PADILHA, J TARCISIO MEDEIROS DE VASCONCELOS DE VASCONCELOS