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Dados do Trabalho


Título

Tumores sincrônicos de rim, íleo e mama - Um relato de caso

Introdução

Tumores sincrônicos são raros e representam 1,5-8% dos tumores malignos, sendo relevante a descrição de casos similares. Para diagnóstico, é necessário que o segundo tumor primário, que não seja metástase, invasão ou reincidência do primeiro, seja diagnosticado em um intervalo de até 6 meses após um primeiro tumor.

Objetivo

Descrição de caso raro de tumores sincrônicos em região de rim, íleo e mama.

Casuística

Feminino, 47 anos, diagnóstico de tumores primários sincrônicos em região de rim, íleo e mama e painel Gene One com somente uma variante de significado indeterminado (VUS) no gene ARHAP30. Submetida à nefrectomia parcial direita e hemicolectomia em 05/2020, que revelaram neoplasia renal eosinofílica, restrita ao parênquima de 3,2x2,4x2,3 cm, unifocal, sem características sarcomatoides ou rabdóides, com margem de ressecção comprometida e positividade para o gene CK17 (clone SP52) e E-caderina (clone 36) e tumor bem diferenciado em segmento de íleo, de 1,0x0,7x0,5 cm, unifocal, G2, com invasão de submucosa, 5+/20 linfonodos e estadio pT1pN1. Em 07/2020, foi submetida à biópsia mamária, que revelou carcinoma ductal infiltrante de mama esquerda grau 1. No mesmo ano, realizou adenectomia de mama esquerda que expôs carcinoma mamário invasor do tipo não especial, unifocal, de 1,2x1,0 cm, G1, com pequeno foco de neoplasia satélite medindo 2,0x1,0mm, margens cirúrgicas livres, invasão angiolinfática não evidenciada e estadiamento pT1cpNOsn, com negatividade para produtos do oncogene HER-2. Foi realizada terapia com Tamoxifeno a partir de 01/2021.

Método

Realizada coleta de dados de prontuários de hospital público do Distrito Federal, entre 2020 e 2022, sendo utilizadas as bases de Pubmed, Lilacs e Scielo.

Resultados

Com o aumento de tecnologias para o diagnóstico e acompanhamento de neoplasias, a incidência de múltiplos tumores primários vem aumentando substancialmente.O carcinoma cromófobo de células renais representa 5% das neoplasias renais malignas, e o tumor neuroendócrino ileal apresenta-se também como infrequente. A coexistência de ambos é escassa na literatura. Além disso, a manifestação de terceira neoplasia, carcinoma ductal infiltrante de mama, num intervalo inferior a 6 meses, é única. Os fatores de risco para tumores sincrônicos não são bem definidos, mas a predisposição genética, a exposição a carcinogênicos e tratamentos prévios, representam fatores potencialmente relacionados. Trata-se de um relato de uma paciente jovem, que não apresenta história familiar de câncer e com variantes patogênicas não identificadas no painel Gene One, apenas variante indeterminada do gene ARHAP30. Salvo o tabagismo em abstinência há 3 meses, a ocorrência de três tumores sincrônicos continua inexplicada.

Conclusões

Os tumores sincrônicos são raros e podem ter interferência de genes. É crucial a investigação destes em pacientes com neoplasias, a fim de possibilitar um tratamento adequado e aumento da expectativa de vida.

Palavras-chave

Tumor sincrônico. Neoplasia renal eosinofílica. Tumor de íleo. Carcinoma ductal infiltrante.

Fotos e tabelas

Não consta

Conflitos de interesse

Não consta.

Área

Tumores da mama

Instituições

Liga Acadêmica de Oncologia do Hospital de Base do Distrito Federal - Distrito Federal - Brasil

Autores

CLARA COSTA MENDES, ANA GIULLIA MARTINS CAPPELE, FELIPE SILVA MONTEIRO, FELLIPE MARQUES DA SILVA ARAUJO, RODRIGO NASCIMENTO PINHEIRO, WLADIMIR FERNANDES BEZERRA, RICARDO DA SILVA GOMES