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Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA NO DISTRITO FEDERAL DURANTE OS ANOS DE 2018-2022

Introdução

A dimensão epidemiológica do câncer de mama é um grave problema de saúde pública, pois se trata da neoplasia que mais causa mortes entre as mulheres no Brasil e no mundo. As causas do câncer de mama ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se de três conjuntos de influências que são importantes: alterações genéticas, influências hormonais e variáveis ambientais. Nesse sentido, é fundamental entender suas variáveis, tanto para uma melhor prática clínica, quanto para o planejamento de políticas em saúde coletiva.

Objetivo

Analisar a incidência epidemiológica de câncer de mama, entre os anos de 2018 a 2022, na população do Distrito Federal.

Casuística

Não há

Método

Trata-se de um estudo de natureza quantitativa e descritiva, no qual foram utilizados dados do DATASUS sobre os índices de hospitalização, mortalidade e taxas de exames de rastreio relacionados ao câncer de mama no Distrito Federal durante o período de 2018 e 2022.

Resultados

Foram diagnosticados um total de 2768 casos de câncer de mama no Distrito Federal nos anos de 2018 a 2022 até a data de submissão deste artigo, com pico em 2020, apresentando 705 casos anuais. Destes, apenas 27 (0,98%) acometeram indivíduos do sexo masculino. O intervalo de idade mais acometido é de 50 a 59 anos, compreendendo 27,1% dos diagnósticos. Neste mesmo período, foram registrados 420 óbitos decorrentes de neoplasia maligna de mama, não havendo informação significativa sobre a distribuição de raça/cor, considerando que não havia informação em 68,3% das ocorrências. Foram realizadas 3109 histologias de mama, e 928 resultados indicaram risco elevado, de acordo com a faixa etária: dos 10 aos 29 anos, há 2,8% de incidência; dos 30 aos 54 anos, a incidência aumenta para 29%; e 55 à acima de 80 anos, a incidência alcança 46,6%. Faz-se importante ressaltar a altíssima incidência (67,8%) na faixa etária dos 75 aos 79 anos. Apesar da grande importância clínica do estadiamento para prognóstico e definição da escolha terapêutica, não há aplicação ou o estadiamento foi ignorado em 42% dos casos. Quando foi possível realizar o estadiamento, 57,5% foi classificado como estadio 3. No que se refere a modalidade terapêutica, a quimioterapia foi realizada por 55,4% dos pacientes, a cirurgia por 24,1%, e radioterapia por 2,6%. Não há informações da escolha terapêutica de 17,9% dos casos.

Conclusões

O estudo evidenciou uma elevada incidência do câncer de mama no período estudado, principalmente em mulheres com idade média de 54,5 anos, sendo observado um crescimento dos casos conforme o aumento da idade. Houve, também, grande mortalidade relacionada a essa doença, uma vez que a maioria dos diagnósticos foram realizados no estadio 3. Dessa forma, demonstra-se uma necessidade de aprimoramento, tanto da avaliação seriada, quanto das ações de prevenção e de conscientização da população a respeito do rastreamento do câncer de mama, visando à detecção precoce e à redução da morbimortalidade associada a essa neoplasia.

Palavras-chave

Neoplasias da Mama; Epidemiologia Descritiva; Demografia

Fotos e tabelas

 

 

 

Conflitos de interesse

Área

Tumores da mama

Instituições

CEUB - Distrito Federal - Brasil

Autores

SARAH LAUTON MERCADANTE, NATÁLIA BARROS SALGADO VIEIRA, LUÍSA GUEDES COTA MANFRE, LETICIA BRASIL SACHSIDA, MILAGRES ARAÚJO NASCIMENTO, JULIA LIMA ROCHA DA SILVA, ALINE OLIVEIRA AGUIAR