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Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA NA REGIÃO SUDESTE DE 2017 A 2021

Introdução

O câncer de mama é um tumor maligno que ocorre nas células das glândulas mamárias devido uma alteração genética. Essas células passam a se multiplicar de forma desordenada e se proliferam de modo a formar nódulos na mama e em tecidos vizinhos, como nas axilas. Em casos mais severos, pode ocorrer migração dessas células defeituosas para outras partes do corpo, causando a metástase. (SBP, 2016). O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, além disso, é a principal causa de morte por câncer nessa população (IARC, 2020). No Brasil, essa patologia é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres e na região Sudeste é o câncer mais incidente em mulheres (INCA, 2020). O principal exame para o rastreio do câncer de mama é a mamografia, a qual é indicada para mulheres sem sinais e sintomas de câncer, que estão dentro da faixa etária de 40 a 69 anos, de periodicidade anual nessa população, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Em 2020, o SUS realizou 2.572.236 mamografias no Brasil, sendo que 1.324.477 mamografias foram realizadas na região Sudeste.

Objetivo

Descrever as características das internações por câncer de mama na Região Sudeste do país entre o período de 2017 a 2021.

Casuística

não houve

Método

Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, realizado através de dados secundários do Sistema de Internações Hospitalares (SIH/SUS) referentes ao período de 2017 a 2021. A análise relacionou as seguintes variáveis: unidade da federação, raça, faixa etária e ano.

Resultados

No período considerado, foram observadas 171.218 internações por neoplasia maligna de mama na Região Sudeste, sendo o maior registro em outubro de 2019, com 3.396 internações. As unidades federativas de maiores registros foram São Paulo (50,7%) e Minas Gerais (23,3%). A respeito da raça, nota-se prevalência da parda nos estados de Minas Gerais (11,6%) e no Espírito Santo (3,5%) e da branca em São Paulo (49,7%) e no Rio de Janeiro (7,1%). No que se refere a faixa etária, a mais acometida foi a de 50 a 59 anos (27,8%), seguida por 60 a 69 anos (23,7%) e por 40 a 49 anos (21,7%).

Conclusões

Dessa forma, conclui-se que o câncer de mama é uma patologia altamente prevalente na região Sudeste, principalmente em São Paulo, onde concentram-se mais da metade dos casos diagnosticados. Observa-se também que a doença acomete, sobretudo, mulheres entre a quarta e sexta década de vida, ratificando assim o fato da SBM recomendar a mamografia anualmente para as mulheres a partir dos 40 anos de vida. Além disso, constatou-se que durante o período selecionado, a raça majoritária foi diferente dentro da região, sendo mais prevalente branca em São Paulo e Rio de Janeiro e parda em Minas Gerais e Espírito Santo. Ademais, o fato de o Sudeste ter os maiores índices diagnósticos de câncer de mama no Brasil, pode estar relacionado com o fato de ser a região do país que mais realiza mamografia de rastreio anualmente. Assim, percebe-se a importância da realização dela para evitar a internação por neoplasia maligna mamária, principalmente nas faixas etárias de risco.

Palavras-chave

Câncer de Mama. Internação Hospitalar. Epidemiologia

Fotos e tabelas

FIGURA 1: Relação de número de casos por mês

Conflitos de interesse

Área

Tumores da mama

Autores

LAVINIA FERREIRA BOARO, GIANYNNE FELICIDADE SILVA SANTOS, LUISA SOUZA SANTOS PIRES, QUÉSIA CRISTINA SOARES FARIAS, MARIANE GOMES BARBOSA, VINÍCIUS NEVES PAIVA OLIVEIRA, NATÁLIA FONSECA OLIVEIRA