III Congresso Brasileiro de Câncer do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE MORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS DO ESTOMAGO E NEOPLASIAS MALIGNAS DO COLON, RETO E ANUS NA BAHIA: UMA ANALISE COMPARATIVA DO PERIODO DE 2016 A 2020

Introdução

As neoplasias malignas são desencadeadas por alterações na proliferação celular oriundas de mutações genéticas e/ou de falhas nos mecanismos de controle da replicação. O perfil genético e as exposições ambientais podem, nesse sentido, aumentar a chance de desenvolvimento de cânceres. Diante desse contexto, os números do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que as neoplasias de estômago, cólon, reto e ânus contribuem para uma parcela significativa de prevalência e de mortalidade, inclusive na Bahia. Este trabalho se propõe, portanto, a comparar o perfil de mortalidade de câncer gástrico com o perfil de mortalidade por neoplasias do cólon, do reto e do ânus na Bahia, no período de 2016 e 2020.

Objetivo

Comparar o perfil de mortalidade por neoplasias malignas do estômago com o perfil de mortalidade por neoplasias malignas de cólon, reto e ânus, no estado da Bahia entre os anos de 2016 e 2020.

Casuística

Não se aplica.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa e de análise de série temporal, tendo como base informações disponíveis no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde. Foram analisados, através do software Microsoft Office Excel®., dados sobre a mortalidade por neoplasias malignas do estômago, do cólon, do reto e do ânus, no estado da Bahia, entre os anos de 2016 e 2020. As variáveis analisadas e comparadas foram: sexo, faixa etária, raça/cor e região administrativa estadual.

Resultados

No período analisado, foram notificados 4132 óbitos por neoplasias malignas do cólon, reto e ânus e 4054 óbitos por cânceres do estômago. A faixa etária a partir dos 50 anos foi predominante tanto nas neoplasias de estômago (86,7%) quanto de cólon, reto e ânus (86,6%), sendo que estas foram mais predominantes no sexo feminino (54,4%) e aquelas no sexo masculino (61,4%). Os perfis de distribuição epidemiológica para cada faixa etária e para cada sexo encontravam-se, portanto, de acordo com o conhecimento literário pré-estabelecido. A raça/cor parda foi predominante tanto nas neoplasias gástricas (61,2%) quanto nas colorretais e anais (54,5%), em conformidade com a prevalência étnica da região abordada. É interessante, por fim, destacar que a divisão administrativa estadual de Salvador obteve, sozinha, a maior concentração de óbitos entre as 31 regiões administrativas da Bahia, tanto gástricas (21,8%) quanto colorretais e anais (43,6%). Esse achado pode estar associado a uma maior tendência de disponibilidade de recursos em saúde, facilitando diagnósticos e possibilitando acompanhamentos.

Conclusões

Este estudo demonstra que as neoplasias gástricas e de cólon, reto e ânus se constituem como um importante problema em saúde para a população baiana. Destaca-se a maior tendência de mortalidade do sexo feminino para as neoplasias do cólon, reto e ânus, enquanto que as neoplasias do estômago foram de maior mortalidade em homens. Desta forma, destaca-se a necessidade do rastreamento e diagnóstico precoce dos cânceres. Para tanto, são necessárias intervenções de conscientização sobre exames de rotina e disponibilização de recursos humanos e físicos para a realização especialmente de colonoscopias e endoscopias em toda a Bahia.

Palavras-chave

Câncer colorretal. Neoplasias Gástricas. Mortalidade. Sistema Único de Saúde.

Área

Outras

Instituições

Universidade do Estado da Bahia - Bahia - Brasil

Autores

JOÃO VITOR XAVIER SANTOS, REGINALDO FREITAS FERREIRA, MARIA RITA FERNANDES, LARA LESSA ARAÚJO, IAGO ARAÚJO NOVAIS, OTÁVIO FERNANDES DE MENEZES PORTO, ISIS LORENA COSTA CONCEIÇÃO