Dados do Trabalho


Título

PIELOPERFUSAO RETROGRADA DURANTE ABLAÇAO DE TUMORES RENAIS POR RADIOFREQUENCIA: AVALIAÇAO DA SEGURANÇA E EFICACIA PARA PROTEÇAO DO SISTEMA COLETOR

Resumo

Introdução: A incidência de tumores renais tem aumentado consideravelmente, principalmente devido ao aumento do uso e a maior acurácia dos métodos de imagem. A ablação de massas renais por radiofrequência é considerada terapia efetiva e segura para o tratamento de carcinoma de células renais. No entanto, pode causar lesão no sistema coletor renal por lesão térmica direta, lesão da vascularização ou devido à cicatrização próxima ao sistema coletor. E, embora o risco de complicações seja baixo, essas existem e podem causar grande morbidade como uso permanente de nefrostomia ou cateter duplo j, ou até a necessidade de nefrectomia.
Objetivos: Avaliar se o uso da pieloperfusão retrógrada com soro glicosado gelado diminui o risco de lesão do sistema coletor durante a radiofrequência para tumores renais, sem diminuir a eficácia do método.
Métodos: Trata-se de uma análise retrospectiva entre abril 2017 e fevereiro de 2019, período em que, dos 126 pacientes submetidos à ablação renal por radiofrequência, o sistema de pieloperfusão retrógrada resfriada foi usado em 16 pacientes para proteção do sistema coletor.
Resultados: O número de pacientes submetidos à ablação por radiofrequência, com o emprego da pieloperfusão retrógrada resfriada como auxiliar no tratamento destes casos, foi de 16 casos devido à lesão ser central ou por causa de sua proximidade com o ureter proximal. A idade média foi de 71,9 anos (55-92 anos) sendo 9 homens e 7 mulheres. O tamanho tumoral médio foi de 2,6 cm. A biópsia das lesões foi diagnóstica em 11 casos: 8 carcinoma de células claras, 1 carcinoma papilífero, 1 pielonefrite crônica e 1 oncocitoma. No seguimento oncológico, a taxa de sucesso foi de 87,5% no qual apenas dois pacientes precisaram de nova ablação.
Em relações às complicações, tiveram apenas dois hematomas tratados conservadoramente. Não houve nenhum caso que evoluiu com estenose ou dilatação ureteral ou renal no seguimento que variou de 6 – 17 meses.
Conclusões: O emprego da pieloperfusão retrógrada resfriada, em casos selecionados, pode auxiliar na diminuição de lesões do sistema coletor durante a ablação por radiofrequência. E não está associada à redução da eficácia do método, ao aumento de lesões ureterais ou à recidiva precoce.

Palavras Chave ( separado por ; )

tumores renais, ablação renal, ablação por radiofrequência, pieloperfusão

Área

Uro-oncologia

Instituições

Instituto Prevent Senior - São Paulo - Brasil

Autores

Alexandre Augusto Monteiro Sato, Fabiano Matsumoto, Gabriel Barbosa Franco, Leandro Goncalves Silva, Fabricio Prospero Machado, Mauricio Kauark Amoedo, Alex Dufloth Santin, Demian Junkglaus Travesso, Silvio Fontana Velludo, Frederico Jovita