Dados do Trabalho


Título

INCIDENCIA DE LINFONODOS COMPROMETIDOS EM LINFADENECTOMIAS PELVICAS POSTERIORES A PROSTATECTOMIA RADICAL VIA PERINEAL

Resumo

INTRODUÇÃO: A linfadenectomia pélvica ainda é a melhor forma de estadiar o acometimento linfonodal nos pacientes portadores de neoplasia de próstata (CAP). Nos pacientes de baixo risco, segundo D’Amico, esta não se faz necessária, tendo indicação mais precisa nos pacientes de risco intermediário e alto.
OBJETIVO: Avaliar a incidência de linfonodos positivos em pacientes submetidos a prostatectomia radical via perineal (PTR), cujo Gleason escore (GS) da peça foi maior ou igual a 4 + 3, sendo a linfadenectomia pélvica realizada em um segundo tempo, e se o PSA < 0.2 ng/dl no pós operatório é preditivo de comprometimento linfonodal.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional de database institucional, no período de junho de 2011 à outubro de 2018. Foram realizadas 67 PTR nas quais o GS da biópsia era menor ou igual a 4 + 3 e o da peça foi maior. Estes pacientes foram posteriormente submetidos a linfadenectomia pélvica, com um tempo médio de 4.8 meses pós PTR. Foram avaliados os pacientes com e sem comprometimento linfonodal e o comportamento do PSA destes no trigésimo pós operatório (maior ou menor que 0.2 ng/dl).
RESULTADOS: No estadiamento pré – operatório tínhamos 17 pacientes de baixo risco e 50 de risco intermediário, segundo a classificação de D’Amico. O PSA pré – operatório variou de 2.91 a 21 ng/dl (média de 11.9). Dos 67 pacientes inclusos no trabalho, 51 tinham PSA menor ou igual a 0.2 ng/dl e 16 tinham PSA > 0.2 ng/dl, 30 dias após a PTR. No total foram ressecados 759 linfonodos, dos quais 25 estavam comprometidos, somando um total de 11 pacientes com metástase linfonodal (pN1). Comparando os 11 pacientes pN1, 5 tinham PSA menor ou igual a 0.2 ng/dl e 6 tinham PSA > 0.2 ng/dl. Assim, dentro do grupo com PSA menor ou igual a 0.2 ng/dl, aproximadamente 10%destes eram estádio pN1.
CONCLUSÃO: O PSA menor ou igual a 0.2 ng/dl não é fator preditivo de não comprometimento linfonodal no pós operatório de PTR, uma vez que praticamente metade dos pacientes pN1 tinham o PSA abaixo desta marca. A linfadenectomia pélvica deve ser realizada nos casos de GS da peça cirúrgica maiores ou iguais a 4 + 3, mesmo com PSA menor ou igual a 0.2 ng/dl, devido a incidência de pN1 desta série ser de 10%. Estudos com melhores níveis de evidência devem ser realizados.

Palavras Chave ( separado por ; )

prostatectomia radical perineal; linfadenectomia pélvica

Área

Uro-oncologia

Instituições

Hospital Amaral Carvalho - São Paulo - Brasil

Autores

Leonardo Pereira Tavares, Rafael Parra dos Santos, Flavio Augusto Barroso, Carlos Hermann Schaal, Renato Prado Costa, Fernando Cesar Sala, Andre Pereira Vanni, Guilherme de Almeida Prado Costa