Dados do Trabalho

Título

TRATAMENTO CIRURGICO DE ANGIOMIOLIPOMA RENAL: QUANDO INDICAR?

Resumo

Introdução: Os angiomiolipomas (AMLs) são tumores benignos raros e representam de 2 a 3% dos tumores renais. São assintomáticos em 60% dos casos, e o surgimento de sintomas e complicações estão relacionados com o tamanho do tumor. Diante de lesões maiores que 4 cm, queixas álgicas, hemorragia ativa, alterações do tumor, AMLs múltiplos, bilaterais ou unilaterais em rim único e pacientes com esclerose tuberosa, a intervenção cirúrgica torna-se necessária. Em tumores menores que 4cm a prevalência de hemorragia é de 13%, sendo 23% sintomática e 77% assintomática. Em lesões maiores que 4cm, a hemorragia ocorre em 51% dos casos, com 82% sintomática e 18% assintomática.
Objetivos: Os autores do presente estudo visam destacar a viabilidade do tratamento conservador, bem como o sucesso da videolaparoscopia na abordagem cirúrgica dos AMLs quando indicada.
Métodos: Os pacientes foram acompanhados em serviço de Urologia com consultas semestrais onde realizaram ultrassonografia semestral. Quando evidenciado crescimento ou complicações relacionadas à lesão, indicada tomografia contrastada. Os parâmetros de indicação cirúrgica foram dor lombar, velocidade do crescimento tumoral e sangramento.
Resultados: Foram acompanhados 112 pacientes por, no mínimo, cinco anos. Somente quatro casos apresentaram crescimento tumoral significativo. Destes, apenas dois evoluíram com sangramento e dor lombar, tratados cirurgicamente com sucesso por laparoscopia.
Conclusões: O tratamento conservador demonstrou ser uma boa alternativa para os pacientes com AML, em sua maioria. A abordagem laparoscópica obteve sucesso quando indicado o tratamento cirúrgico em tumores maiores que 4cm. Quando ocorre sangramento ou crescimento tumoral em taxas maiores que 1cm por ano, deve-se pensar em cirurgia para evitar maiores complicações.

Palavras Chave ( separado por ; )

Angiomiolipoma; tratamento conservador; hematúria; neoplasias renais

Área

Uro-oncologia