Dados do Trabalho


Título

Melanoma maligno metastático: um ensaio iconográfico.

Introdução

O melanoma é a neoplasia maligna originada dos melanócitos, células presentes na camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina. O câncer de pele representa 30% de todos os casos de câncer no Brasil, sendo o mais comum, entretanto o melanoma corresponde a apenas 3% dos tumores malignos de pele. É uma das formas mais agressivas de câncer de pele, com alto potencial de metástase linfática e hematogênica, tendo um padrão de disseminação particularmente imprevisível. A detecção precoce de metástases locorregionais é importante para o ajuste terapêutico, com impacto potencial no tempo de sobrevida global. O trabalho tem como objetivo ilustrar, por meio de exames de imagem, os múltiplos padrões de acometimento metastático, já que o radiologista precisa estar ciente das suas principais características e prováveis locais de metástases para melhor detectar tais lesões. Um estadiamento preciso é crucial para o tratamento mais adequado e eficaz em diferentes pontos da trajetória clínica do melanoma maligno.

Descrição

Vários exames de imagem, como a Ultrassonografia, a Tomografia Computadorizada (TC), o PET-CT e a Ressonância Magnética (RM), podem ser utilizados com o objetivo de detectar a disseminação metastática da doença após um diagnóstico primário de melanoma (estadiamento primário) ou na suspeita clínica de recorrência da doença (reavaliação). Os linfonodos são o local mais prevalente de doença metastática, sendo utilizados critérios de tamanho, estabelecidos para os vários grupos nodais, para definir a probabilidade de envolvimento neoplásico. A disseminação para tecidos moles é comum também, sendo que estas e as metástases musculares apresentam íntima relação com o local do sítio de origem da neoplasia. O pulmão é o órgão mais frequentemente afetado e o acometimento hepático está presente em 58% dos pacientes que morrem de melanoma. Já a metástase cerebral tende a ocorrer tardiamente na doença, carregando o prognóstico mais grave de todos os sítios viscerais. A maioria dos pacientes com metástases cerebrais apresenta-se com lesões múltiplas, sendo as lesões cerebrais mais comuns do que as lesões cerebelares e com tamanho médio de 1 a 4 cm. O baço é um sítio raro de doença metastática em pacientes com câncer, com incidência de 5%. No entanto, 30% dos pacientes com melanoma apresentam envolvimento esplênico. A glândula adrenal é o órgão endócrino mais frequentemente invadido. As metástases adrenais geralmente são unilaterais.

Palavras Chave

câncer de pele, melanoma, metástase, tomografia computadorizada, estadiamento.

Área

Educação em Radiologia

Autores

Amanda Borges Lamounier, Ivanna Silveira Santos, Rebeca Juliana Macedo Martins, Bruno Ritchely da Silva Soares, Mayra Soares