Dados do Trabalho


Título

Trombose de veia porta: o uso da ultrassonografia em hepatopatias

Introdução

A Trombose de Veia Porta (TVP) é uma doença que pode ser branda ou maligna, podendo ser vista em diversos contextos clínicos, e representa um achado crítico para um possível transplante de fígado. A TVP pode ocorrer dos ramos intra-hepáticos da veia porta, até a veia esplênica e/ou até veia mesentérica superior. Ela se caracteriza pela formação de um trombo intravenoso que pode estar relacionada a diversas causas, como trombofilias hereditárias ou adquiridas, câncer, doença hepática e/ou cirrose, lesões inflamatórias locais e/ou lesão do sistema portal.
A apresentação clínica pode ser de forma aguda, representando um maior risco de vida, ou crônica, quando a condição dura mais que 60 dias. A gravidade e as manifestações dependem dos sistemas venosos envolvidos, o que pode cursar com outras complicações, como a isquemia mesentérica aguda. As manifestações clínicas principais são dor abdominal em hipocôndrio direito, esplenomegalia, ascite ou febre, podendo, ainda, ser manifestada de forma assintomática (a qual é achada por acaso em exames de imagem). Além disso, a TVP representa uma das principais causas para hipertensão portal.
Este estudo busca, demostrar, no ultrassom, os achados e a característica da TVP nesse exame. A ultrassonografia (US) é um recurso relativamente prático e mais acessível que outros exames considerados padrão-ouro para TVP, como a angiotomografia computadorizada e a ressonância de abdome, além de apresentar uma boa eficácia para visualização da patologia, principalmente em casos avançados.

Descrição

Na US, a TVP pode ser difícil de detectar apenas com imagens em escala cinza, uma vez que o trombo pode se apresentar hipoecóico. Na medida que a doença avança, ele se torna mais ecogênico e mais fácil de identificar com o tempo. O uso do Doppler de amplitude pode ajudar na avaliação, uma vez que se avalia o fluxo, velocidade e outras características nos vasos que podem estar envolvidos.
No ultrassom, podem ser vistos alterações no fígado com bordas rombas, aspecto micronodular e contorno serrilhado, além da presença de ascite. Há aumento no calibre da veia porta, que apresenta lúmen ocupado por um trombo, com o doppler de amplitude revelando ausência de fluxo no vaso. Além da veia porta, outros ramos podem estar ocluídos por trombo.

Palavras Chave

Trombose Venosa; Veia Porta; Ultrassonografia; Hepatopatias; Diagnóstico por Imagem.

Área

Ultrassonografia Geral

Autores

Pedro Oliveira Carvalho Neto, Lucas Mainardo Rodrigues Bezerra, Ana Maria Santos Cardoso, Cynthia Cardozo Lima, Glaciliane Moura Custódio Canário, Gabrielle Agostinho Rolim Marques