Dados do Trabalho


Título

Realização de biópsia hepática transjugular por hepatopatia fulminante após utilização de plantas fitoterápicas para emagrecimento.

Introdução

A biópsia hepática transjugular é uma importante alternativa para avaliação do parênquima hepático, sendo indicado principalmente em coagulopatias, ascite e ausência de janela acústica adequada.
Ela possui poucas contraindicações, podendo destacar a presença de trombose venosas ao longo do trajeto, alergias graves ao uso de contraste, processos infecciosos e doenças císticas hepáticas.
Este procedimento não desprovida de riscos, sendo alguns de bastante periculosidade, por isso é necessário treinamento adequado para realização do método.

O objetivo desse estudo é descrever uma alternativa efetiva e segura para tratamento de realização de biópsia hepática por acesso transjugular em paciente hepatopata com coagulopatia. Este estudo tem o propósito de fazer uma revisão da técnica, indicação, contraindicação e complicações.

Descrição

Paciente, feminino, 51 anos, veio referenciada de outro serviço com sintomas colestáticos para investigação de hepatopatia fulminante após utilização de plantas e ervas fitoterápicas para emagrecimento.
Os exames laboratoriais mostraram aumento considerado das enzimas hepáticas, bem como redução das atividades de suas metabólicas. Devido à situação clínica de coagulopatia ( INR elevado acima 1,5) foi contraindicado o acesso transhepático, sendo preconizado o acesso por via transjugular.
A técnica consiste em punção da veia jugular guiada por ultrassom, cateterização da veia hepática direita por venografia, introdução da agulha de corte, avançar a agulha de biópsia para dentro do tecido hepático e realizar estudo angiográfico pós biópsia para avaliar possíveis complicações.

Discussão


A biópsia hepática transjugular é uma importante alternativa para biópsias de tecido hepático não focais, sendo as principais indicações ascite, presença de coagulopatia ou trombocitopenia, obesidade mórbida, quando precisa mensurar a indiretamente a pressão da veia porta e fígado cirrótico pequeno.
Não há contraindicação específica e a relação risco-benefício deve ser avaliada caso a caso. As principais contraindicações são falta de acesso venoso central (obstrução da veia cava inferior, oclusão das veias hepáticas, doença hepática policística, doença hidática hepática colangite aguda, sepse não controlada, alergia ao agente de contraste e paciente não cooperativo
As principais complicações verificadas encontram-se comentadas a seguir são dor cervical leve, punção da artéria carótida, hematoma cervical, sangramento leve no local da punção, perfuração da cápsula hepática.

Palavras Chave

Biópsia, hepática, transjugular, hepatopatia, fitoterápicos

Área

Radiologia Intervencionista - SOBRICE

Instituições

Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil

Autores

Francisco Bermal Caparroz Neto, Rodrigo Pinto Azevedo, Guilherme Moratti Gilberto, Rodrigo Gobbo, Marcelo Arcuri, Marcos Queiroz, Felipe Nasser, Antônio Rahal Júnior