Dados do Trabalho


Título

Correlação de ecografia transretal e ressonância magnética na estimativa do volume prostático

Introdução

Hiperplasia prostática benigna, prostatite e câncer de próstata são as três principais anormalidades da próstata e, por cursarem com aumento do volume prostático, podem apresentar semelhanças clínicas. O ultrassom transretal (USTR) é amplamente utilizado para medir o volume da próstata principalmente em pacientes com câncer de próstata e hiperplasia prostática benigna. A estimativa do volume é necessária para o cálculo da densidade de antígeno específico da próstata (PSA), para guiar locais de biópsia, para indicar intervenção cirúrgica e para avaliar resposta terapêutica. A ressonância magnética (RM) possui alto contraste de tecidos moles e melhor capacidade de avaliação do parênquima, porém apresenta menor disponibilidade e maior custo. Logo, torna-se relevante comparar a estimativa do volume da próstata pela USTR com RM da próstata.

Casuística e Métodos

Avaliar a correlação do volume prostático entre a USTR e a RM da próstata, realizadas num intervalo de até 6 semanas entre os métodos. Estudo transversal retrospectivo que avaliou homens acima de 18 anos que realizaram estudo de RM e USTR da próstata num intervalo de até 6 semanas entre os métodos, entre 2014 e 2019. Foi avaliado: correlação entre as dimensões da próstata. O calculo da amostragem mínima estimou a inclusão de 45 pacientes, com nível de confiança de 95%, margem de erro de 5%, segundo Liu, Derek. A partir de banco de dados com laudos de USTR e RM da próstata realizadas num período inferior a 6 semanas entre os métodos, correlacionando as dimensões avaliadas da próstata para identificação das variantes em estudo.

Resultados

Foram incluídos 82 homens (idade 67,3±8,7 anos). A média de volume prostático na USTR foi de 65,9 cm³ (± 8,7) e na RM foi de 65,4 cm³ (29,9), demonstrando correlação significativa direta moderada entre os volumes da USTR e RM (r=0,744 ; p<0,001), segundo Coeficiente de Pearson.

Conclusões

Os dados demonstram correlação significativa entre USTR e RM na mensuração do volume prostático, estando de acordo com os dados observados na literatura. Contudo, o estudo apresenta limitações metodológicas que poderiam melhorar a caracterização da mensuração de cada método, apontando possíveis agentes causadores de discrepâncias nas mensurações obtidas.

Palavras Chave

volume prostático; hiperplasia prostática benigna; câncer de próstata; ecografia transretal; ressonância magnética.

Área

Abdominal Geniturinário

Autores

Maria Elisa Peinado Miller, Bruna Arriaga da Costa Schmidt, Jéssica Martins Ulrich Martins Ulrich, Luciana Eltz Soares , Fernando Moraes Weiler, Larissa Reginato Junges, Fábio Bonalume, Wilson MAdeira de Almeida