Dados do Trabalho

Título

Anatomia e variantes anatômicas do tronco celíaco: um ensaio pictorial

Introdução

A artéria celíaca ou tronco celíaco é o primeiro grande ramo da aorta, e a artéria mesentérica superior se origina logo abaixo dele. O tronco celíaco surge do aspecto ventral da aorta abdominal, logo após o seu cruzamento com o hiato aórtico diafragmático, no nível dos corpos vertebrais de T12-L1. Ele trifurca na artéria comum hepática, artéria gástrica esquerda e na artéria esplênica.
O tronco celíaco emerge da aorta abdominal e se divide usualmente nas artérias esplênica, gástrica esquerda e hepática comum, que são responsáveis por parte da vascularização das vísceras abdominais. Essa trifurcação é relatada em 89% dos casos descritos na literatura, mas pode se alterar em bifurcações (11%) e até em casos de ausência da formação do tronco celíaco (0,2%).
Com o aumento do número e da complexidade das cirurgias endoscópicas e vasculares, além de gastrectomias, transplantes hepáticos e procedimentos minimamente invasivos, evidenciou-se a importância dos estudos sobre o tronco celíaco e das suas variantes para um planejamento cirúrgico adequado à segurança do paciente.
Nesse contexto, é relevante discutir sobre algumas das possíveis variações, sobretudo para os radiologistas, cirurgiões, radiologistas intervencionistas e outros profissionais que atuam nesta área, a fim de melhorar o pós-operatório dos pacientes, evitar complicações iatrogênicas e diminuir intervenções desnecessárias. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns casos de variantes anatômicas referentes ao tronco celíaco.

Descrição

O presente estudo tem como objetivo demonstrar casos de variantes anatômicas do tronco celíaco, em estudos de tomografia computadorizada com contraste, com reformatação multiplanar e reconstrução tridimensional. As imagens consistem em casos de tronco celiomesentérico completo; ausência do tronco celíaco, com seus ramos se originando diretamente da aorta; e de artérias como hepática comum, esplênica e hepática direita se originando da mesentérica superior.
Além disso, também são demonstrados casos de compressão do tronco celíaco pelo ligamento arqueado mediano, condição rara que resulta em uma síndrome com sintomas secundários ao hipofluxo gerado pela compressão, como dor epigástrica, angina mesentérica e perda ponderal.

Palavras Chave

Tronco celíaco; artéria mesentérica superior; variação anatômica; ligamento arqueado mediano; planejamento cirúrgico;

Área

Abdominal Gastrointestinal