Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA RADIOLÓGICO-PATOLÓGICA NAS BIÓPSIAS PERCUTÂNEAS DA MAMA

Introdução

Os casos relatados e as publicações levantadas trazem à luz a discussão sobre a avaliação da concordância radiológico-patológica nas biópsias percutâneas da mama. Há quase três décadas as biópsias percutâneas da mama substituíram as biópsias cirúrgicas porque mostraram-se equivalentes em acurácia. Entretanto, sabemos que 0,1 a 2,5% das core biopsies podem oferecer resultados falso negativos. Muitas vezes esses falso negativos só tornam conhecidos porque a lesão cresce, os sintomas ,como descarga papilar, persistem ou é realizada cirurgia no local. As causas mais frequentes de falso negativos são erro de alvo e erro de amostragem. A literatura demonstra que a confrontação imediata do resultado da biópsia com o aspecto da imagem pode filtrar ainda mais esses casos. As últimas edições do BI-RADS subdividiram a categoria 4, estratificando os valores preditivos positivos (VPP) de cada uma. Lesões classificadas como categoria BI-RADS A tem valor preditivo positivo entre 2 e 10% e por isso aceitam um resultado de biópsia benigno. As categorias 4C e 5 já têm VPP mais elevado e em lesões incluídas nestas categorias não são aceitos resultados benignos de biópsia percutânea . A biópsia benigna em lesões categoria 4B podem ser consideradas concordantes mas só após extensiva reavaliação do caso. É também relevante estabelecer a conduta em biópsias consideradas benignas e concordantes, qual seja, fazer controle de curto prazo ou manter o rastreamento habitual. As pacientes com malignidade concordante são encaminhadas para tratamento.

Descrição

As informações foram obtidas através de consulta ao arquivo de imagens e prontuários da Instituição, reuniões multidisciplinares e acesso aos resultados anatomopatológicos. Todas as informações sensíveis obedeceram às orientações da LGPD.

Palavras Chave

core, concordância, estereotaxia, benigno, anatomopatológico

Área

Mama