Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO POR IMAGEM NA MASTECTOMIA SUBCUTÂNEA COM PRESERVAÇÃO DO COMPLEXO AREOLOPAPILAR

Introdução

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no Brasil e no mundo, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, e, entre os tratamentos, destaca-se a mastectomia.
Como alternativa à mastectomia tradicional com reconstrução com retalhos miocutâneos, a mastectomia subcutânea (MS) tem sido uma técnica cada vez mais usada, com resultados estéticos excelentes e maior índice de satisfação das pacientes em relação às cirurgias previamente descritas.

Descrição

A mastectomia subcutânea é uma técnica de reconstrução na qual retira-se a glândula mamária mantendo-se a pele, podendo poupar ou não o complexo areolopapilar (CAP).A grande vantagem dessa técnica, além do efeito cosmético, é dispensar a radioterapia adjuvante na maioria das pacientes, principalmente nas com predisposição genética. Como indicação, os critérios seguem a indicação da mastectomia tradicional, como multicentricidade e tamanho da lesão. Como contra-indicações absolutas, estão o envolvimento do complexo areolopapilar e o câncer de mama inflamatório.
A preservação do complexo areolopapilar representa importante efeito cosmético na cirurgia e depende de critérios baseados na segurança oncológica da paciente. A distância entre a lesão e a papila, o envolvimento com a pele e/ou do CAP e sinais clínicos, como descarga papilar, podem inviabilizar este procedimento. Porém, a maioria dos critérios técnicos-cirúrgicos ainda não são protocolados, sendo guiados pelos consensos de especialistas e em constante atualização. Portanto, o sucesso desta técnica inovadora depende da identificação correta das lesões e dos pontos de reparo cirúrgicos, além da comunicação eficaz entre as equipes médicas. Neste contexto, o radiologista mamário está inserido em várias frentes na assistência das pacientes candidatas à este tipo de tratamento: no estadiamento, avaliando o tamanho da lesão índex, no planejamento cirúrgico, indicando pontos de reparo e distâncias, no acompanhamento pós terapêutico, já que, na preservação do CAP, o tecido retroareolar não tratado ainda necessita de rastreamento, e na avaliação de complicações pós operatórias e suspeita de recidivas.
O objetivo deste trabalho é ilustrar com casos da instituição as frentes de atuação do radiologista e os melhores métodos de imagem na assistência das pacientes candidatas e das submetidas à Mastectomia subcutânea com ou sem preservação do CAP.

Palavras Chave

mastectomia subcutânea, câncer de mama, ressonância magnética das mamas, complexo areolopapilar, oncologia.

Área

Mama

Autores

Nathalia Oriente Menezes, Juliana Alves de Souza, Marina Marcondes Moreira Morais , Igor Jacomini Pereira, Cândida Maria Alves Soares, Almir Galvão Vieira Bitencourt, Gabriela Diniz Santim , Luciana Graziano, Maria Luiza Lima de Albuquerque