Dados do Trabalho


Título

TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES - UM RELATO DE CASO

Introdução

O tumor de células gigantes (TCG) é uma das neoplasias ósseas primárias mais comuns, que se apresenta na maioria das vezes semelhante a uma lesão benigna. O TCG é uma neoplasia de natureza mesenquimal, caracterizada pela proliferação de células gigantes multinucleadas (gigantócitos) que se assemelham aos osteoclastos, em meio de estroma de células mononucleadas.  A ampla maioria dos tumores acomete indivíduos da segunda à quarta década de vida, com discreto predomínio do sexo feminino. A manifestação principal é a dor local intermitente, acompanhada ou não de aumento de volume da região afetada. Classicamente, os estudos radiográficos convencionais demonstram lesão lítica, solitária, metaepifisária, bem delimitada, sendo os ossos da região do joelho os mais afetados.

Descrição

O TGC é mais frequente na epífise distal do fêmur (28,2%) e proximal da tíbia, seguida pelas regiões proximal do úmero e distal do rádio. No esqueleto axial é raro e, quando ocorre, predomina no sacro. Quando localizado no ilíaco ou no sacro, geralmente apresenta grande volume, dor intensa, podendo causar manifestações neurológicas. O tratamento do tumor de células gigantes atualmente está bem estabelecido. Deve-se optar, sempre que possível, pela ressecção segmentar da lesão, com margem de segurança oncológica tanto no osso como nas partes moles.

Discussão

Relatamos o caso clínico de uma paciente do sexo feminino de 39 anos, que veio à consulta por dor em mão e punho direito, que inicialmente melhorava com analgésicos simples. Após queda da própria altura, teve fratura do punho direito. O raio x de punho direito evidenciou volumosa lesão osteolítica, com caráter francamente expansivo, composto por estruturas multicísticas trabeculares, expandindo a região diafisoepifisometafisária distal do rádio, com relativa preservação da cortical epifisária distal. A paciente foi submetida a ressecção do rádio distal, associado reconstrução óssea com enxerto de fíbula revascularizada. O estudo anatomopatológico confirmou a suspeita diagnóstica (tumor de células gigantes).

Palavras Chave

Tumor de células gigantes,neoplasia óssea primária, dor, raio x

Área

Musculoesquelético (incluindo USG)

Autores

Andre Olivo Pellizzaro, Alexandre Wall, Marien Edina Foresti, Leticia Tatiane Madke, Kelly Vincenzi, Rafael Bernardi Rigo, Mateus Francisco Feltraco, James Drum, Cristian Junior Da Costa