Dados do Trabalho


Título

OSTEOMA OSTEOIDE EM PACIENTE JOVEM DO SEXO FEMININO – RELATO DE CASO

Introdução

Osteoma osteoide é uma neoplasia óssea benigna que acomete principalmente o sexo masculino em uma faixa etária predominante de 7-25 anos. O sintoma mais comum costuma ser dor de ocorrência noturna que melhora após uso de salicilatos. O tumor propriamente dito se refere ao nidus encontrado nos exames de imagem, sendo composto por tecido ósseo em vários estágios de maturidade com tecido estromal altamente vascularizado. O centro do nidus costuma ser mais mineralizado que o restante.
Na tomografia computadorizada o nidus é bem definido de baixa atenuação com área central de alta densidade, durante um procedimento com uso dinâmico de contraste pode se notar hipervascularização da lesão em questão. A ressonância magnética demonstra a lesão com baixo ou isossinal em T1 e sinal variável em T2, o que depende da quantidade de mineralização central dessa neoplasia, além disso esse método também evidencia a presença de edema ósseo adjacente e nas partes moles e derrame articular.

Descrição

Neste trabalho descrevemos o caso de uma paciente de 17 anos com dor súbita na face lateral do joelho, sem história de trauma, com piora da dor à noite e melhora da mesmo com uso de AINEs.
Realizou RM sem contraste que evidenciou extensa área de edema da medula óssea na diáfise distal do fêmur, excêntrica, com espessamento da cortical e reação periosteal lateral e posterolateral, destacando-se pequena lesão alongada justacortical com mineralização central e aumento da densidade/esclerose no entorno, sugestivo de osteoma osteoide, e complementou posteriormente com tomografia computadorizada corroborando a hipótese inicial.
Paciente foi submetida a biópsia do fêmur acometido que confirmou a suspeita disgnóstica de osteomas osteoides.

Discussão

O osteoma osteoide apresenta comportamento hipervascular.
Foi descrito recentemente que nos exames de TC os osteomas osteoides geralmente estão envoltos por imagens curvilineas e hipodensas, que surgem da superfície periosteal e irradiam através da cortical espessada em direção ao nidus. É possível que essas imagens sejam artérias e arteríolas enclausuradas pela reação hiperostótica, compatível com os achados histológicos.
A princípio, não há outro tipo de lesão óssea que apresente esse padrão de imagem, podendo sugerir um sinal para a diferenciação do osteoma osteoide de outros tumores ósseos.

Palavras Chave

Osteoma Osteoide

Área

Musculoesquelético (incluindo USG)

Autores

Carlos Cruz, Hanna Costa, Pedro Macedo Dias