Dados do Trabalho


Título

PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS DE ALTA COMPLEXIDADE: COMPARAÇÃO ENTRE SETORES PÚBLICO E PRIVADO

Introdução

Os exames radiológicos de alta complexidade, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), têm importância na prática médica, sendo fundamentais para alguns diagnósticos. Se por um lado, o Departamento de Informática do SUS (Datasus), permite auxiliar na análise dos dados numéricos sobre esses exames no Brasil, por outro, apesar do Sistema Único de Saúde (SUS) ofertar gratuitamente a maioria dos procedimentos radiológicos, estima-se que exista uma desigualdade entre a oferta e a distribuição dos equipamentos entre as esferas pública e privada. Assim, pretende-se descrever as informações disponibilizadas no DATASUS sobre os procedimentos radiológicos de alta complexidade (TC e RM) comparando o número dos equipamentos radiológicos em uso e o quantitativo de exames radiológicos realizados nas esferas pública e privada, nas cinco regiões brasileiras no período entre 2015 e 2021.

Casuística e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo de série temporal com medidas calculadas para o agregado a partir de dados secundários e de domínio público. O estudo reuniu os dados relacionados aos números de equipamentos em uso e de exames realizados de TC e RM, no sistema público e privado, no período entre 2015 e 2021, nas cinco regiões do Brasil. Essas informações foram obtidas utilizando as bases de dados do CNES e do SIA/SUS, disponíveis no DATASUS, e a base de dados da ANS. Para análise, comparamos com as recomendações da Portaria MS/GM N 1.631 de 1 de outubro de 2015. Por fim, a estimativa populacional foi obtida pelo IBGE.

Resultados

Foi observado um aumento na quantidade de equipamentos de TC e RM, bem como de exames realizados ao longo dos anos e em todas as regiões, ocorrendo simultaneamente um crescimento no número de habitantes. Tanto a aquisição de aparelhos quanto um maior número de exames realizados foram observadas em ambas as esferas, mas em maior escala na privada. Em todas as regiões, o sistema público está distante do número de equipamentos preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), sendo que este número é próximo ou ultrapassado pelo sistema privado, observando-se um déficit no fornecimento de equipamentos em todas as regiões do Brasil no setor público.

Conclusões

Em todas as regiões do Brasil, durante período observado, o sistema público apresentou menores números de equipamentos e de exames de TC e RM realizados que o sistema privado. Além disso, o setor público não atende aos números de equipamentos e exames preconizados pelo MS.

Palavras Chave

Tomógrafos Computadorizados; Ressonância Magnética; Sistema Único de Saúde; Setor público; Serviço privado.

Área

Alunos de Medicina / Ligas radiológicas (trabalhos de extensão acadêmica)

Instituições

Clínica Delfin Medicina Diagnóstica - Bahia - Brasil, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Bahia - Brasil

Autores

Camila de Almeida Costa Alencar, Dante Claudino de Oliveira, Alice Guimarães Lima, Carolina Freitas Lins