Dados do Trabalho


Título

Infecções musculoesqueléticas atípicas: uma série de casos

Introdução

As infecções musculoesqueléticas (IM) são patologias potencialmente graves e de diagnóstico desafiador. As principais representantes são a osteomielite (OM) e a miosite infecciosa (MI). A OM por definição trata-se de uma infecção da medula óssea, com consequente destruição progressiva do osso e sequestro ósseo. Pode ocorrer por implantação direta, cirurgia, trauma, disseminação por contiguidade e hematogênica. Os principais agentes etiológicos são o Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-negative sp, Streptococcus beta-hemolytic, Streptococcus viridans, Enterococos e bacilos gram-negativos aeróbios. Desses patógenos, o Staphylococcus aureus é o organismo causador em até 80% dos casos de OM em todas faixas etárias. Assim como sua fisiopatologia, a apresentação e o manejo clínico são diversos e variam conforme o estágio (agudo, subagudo e crônico), a patogênese e a idade do paciente. No que se refere a MI, é uma patologia rara, definida pela infecção de um ou mais músculos, geralmente estriados. Pode ser classificada em dois grupos: lesão localizada ou lesão difusa. Os patógenos mais associados são as bactérias, principalmente o Staphylococcus aureus e Estreptococos A e B. Um dos grandes desafios das MI é fazer um diagnóstico preciso, associando a clínica do paciente, exames laboratoriais e de imagem, além de análise microbiológica.

Descrição

Nosso trabalho tem como objetivo descrever uma série de casos de imagens de infecções no sistema musculoesquelético por patógenos atípicos, correlacionando com achados radiológicos específicos, com ênfase na RM (padrão-ouro), possibilitando um diagnóstico preciso, e consequentemente, um tratamento precoce e eficaz.

Discussão

Dentre os métodos radiológicos, a ressonância magnética (RM) é a modalidade de imagem mais sensível e específica para o diagnóstico de IM. A RM, através das técnicas convencionais, fornece detalhes anatômicos e aquisições multiplanares e, pelas técnicas avançadas, permite caracterização tecidual e da vascularização das estruturas analisadas. A escolha inadequada do método de imagem, assim como a infecção por agentes atípicos, podem tanto na OM quanto na MI, dificultar o manejo terapêutico e retardar o tratamento precoce do paciente, podendo cursar com maiores complicações. Desse modo, é fundamental a realização da RM para fornecer um diagnóstico precoce do sistema musculoesquelético.

Palavras Chave

Musculoesquelético, infecção, osteomielite, miosite, ressonância magnética

Área

Musculoesquelético (incluindo USG)

Autores

Tatiana Almeida Gonçalves Secco, Carolina Fernandes Ramalho, Louise Fátima Gomes Almeida, Lucas Abreu Neves Bello Campos, Eleonora Salles Silva, Ludmila Valle Vieira Gusmão, Francine Cordeiro Lóta, Flávia Martins Costa, Jéssica Gonçalves Povill