Dados do Trabalho


Título

Cadeias Linfonodais Mediastinais: uma abordagem prática para todo radiologista

Introdução

O câncer de pulmão é uma das principais neoplasias no Brasil e no mundo, sendo o 4º em incidência e o 1º em mortalidade no nosso país. O correto estadiamento é essencial para decisão terapêutica e leva a melhor prognóstico, mas depende da análise acurada das metástases linfonodais locorregionais, além da utilização de nomenclatura consistente e reprodutível pelo radiologista. O objetivo deste trabalho é revisar e ilustrar de forma prática o mapa anatômico linfonodal preconizado pela International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC) e de outras cadeias incluídas no estudo do tórax, a fim de facilitar a prática diária.

Descrição

Segundo dados do INCA do ano de 2022, o câncer de pulmão é a neoplasia de maior incidência (ao lado do câncer de mama) e de maior mortalidade no mundo. O correto estadiamento é essencial para a decisão terapêutica e leva a melhor prognóstico. De acordo com a 8ª edição da classificação TNM as taxas de sobrevida em 60 meses para um paciente estadio 1 varia entre 68 e 92%, enquanto para um paciente estadio 4 é de até 10%; isso mostra o quão drástica pode ser a mudança de conduta e prognóstico a depender do estadiamento. Uma das características mais importantes do estadiamento é a avaliação do acometimento linfonodal regional, sendo nomeadas 14 cadeias agrupadas em 7 zonas. Os limites dessas cadeias devem ser de conhecimento de todos os radiologistas, pois a análise acurada e utilização de nomenclatura reprodutível tem impacto direto no desfecho clínico. Os linfonodos devem ser classificados de acordo com um mapa padronizado e o esquema recomendado é o proposto em 2009 pela IASLC, onde são definidas as relações anatômicas das cadeias nomeadas abaixo:

N1: cervicais inferiores

N2: paratraqueais superiores

N3: pré-vasculares e retrotraqueais

N4: paratraqueais inferiores

N5: subaórtica

N6: para aórtica

N7: subcarinal

N8: paraesofágico

N9: ligamento pulmonar

N10: Hilares

N11: interlobares

N12: lobares

N13: segmentares

N14: subsegmentares

Os limites das cadeias supracitadas foram pormenorizados na apresentação por slides.

A avaliação de linfonodos e a familiarização com o mapa linfonodal preconizado pela IASCL é fundamental para o correto estadiamento do câncer de pulmão, levando a decisões terapêuticas acuradas, sendo tal conhecimento fundamental na prática diária de todo radiologista.

Palavras Chave

radiologia, neoplasia, pulmão, linfonodo, estadiamento.

Área

Tórax

Instituições

SÃO CAMILO ONCOLOGIA - São Paulo - Brasil

Autores

Vinicius Castro de Rezende Fiorot, Fabio Antônio Curado Azevedo, Tiago Sarmet Esteves Teixeira, Savio Rinaldo Ceravolo Martins Junior, Tamara Hernandes Ricci, Sérgio Tsurusawa Mendes