Dados do Trabalho


Título

Desigualdade na distribuição de mamógrafos nas diferentes regiões brasileiras

Introdução

O câncer de mama é a principal doença maligna a acometer o sexo feminino no Brasil, sendo um grave problema de Saúde Pública. A mamografia aparece como principal ferramenta para o rastreamento deste câncer, tornando possível seu diagnóstico precoce. Lesões iniciais aparentes por meio da radiografia da mama permitem tratamentos menos invasivos e efetiva redução das taxas de mortalidade. Porém, nota-se a existência de desigualdades entre os estados brasileiros na distribuição dos mamógrafos e, consequentemente, no acesso às mamografias em cada população. Este artigo tem como objetivo verificar as desigualdades na distribuição dos mamógrafos entre as regiões brasileiras.

Casuística e Métodos

Trata-se de um levantamento epidemiológico, quantitativo, com análises estatísticas do número de mamógrafos existentes e em uso no Brasil, no ano de 2019. Nele é possível perceber a desigualdade entre os estados brasileiros divididos nas regiões do País. Ademais, nota-se a distribuição destes aparelhos entre planos de saúde privados e os disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando essa desigualdade. Esses dados foram coletados do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS).

Resultados

Em 2019, foram identificados cerca de 5.016 mamógrafos, sendo a grande maioria deles concentrados nos estados do sudeste, com mais de 2.000 aparelhos apenas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Contudo, foi observada forte carência de mamógrafos nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para o Acre, Roraima, Amapá, Maranhão e Pará, que, juntos, somam menos de 250 mamógrafos, evidenciando a forte desigualdade apresentada na distribuição desse equipamento radiológico. Portanto, evidencia-se que esse cenário de desigualdade potencializa os desfechos adversos das pacientes com câncer de mama, uma vez que a mamografia é o principal exame de rastreio, apresentando significativo impacto na redução da mortalidade pela doença.

Conclusões

Os resultados sugerem a necessidade de maiores investimentos e de um redirecionamento de políticas públicas, visando a promoção de saúde, além da implantação de serviços especializados de referência para o rastreio do câncer de mama, sobretudo, com uma distribuição adequada dos mamógrafos pelas cidades do Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste, levando em consideração os dados explicitados no presente estudo.

Palavras Chave

Palavras- Chaves: Mamografia; Brasil; Radiologia; Desigualdade Radiológica; Mamógrafos.

Área

Mama

Autores

André Lima, Andressa Uchoa, Juliane Brayner, Marina Feitosa, Rafael Tito Pereira Sobreira, Carlos Guimarães