Dados do Trabalho


Título

Terapia focal de neoplasia renal como primeira escolha: quando e porquê.

Introdução

O aumento significativo do número de diagnósticos incidentais de pequenas massas renais nas últimas décadas secundário ao desenvolvimento e pulverização dos métodos de diagnóstico por imagem, associado aos melhores desfechos clínicos nos pacientes submetidos a procedimentos terapêuticos poupadores de néfrons impulsionou uma tendência a notáveis mudanças no manejo do câncer renal, destacando-se a terapia focal térmica minimamente invasiva no arsenal terapêutico, podendo ser considerada a primeira escolha de tratamento em algumas circunstâncias.

Descrição

Esse estudo visa discutir as melhores indicações da terapia focal térmica percutânea em lesões renais através de relatos de casos nos quais essa alternativa terapêutica foi considerada a primeira escolha. Serão revisadas as principais diretrizes acerca do assunto, entre elas a da Associação Americana de Urologia (AUA), Associação Europeia de Urologia (EUA), Sociedade de Radiologia Cardiovascular e Intervencionista da Europa (CIRSE) e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO).

Discussão

Atualmente são diagnosticados cerca de 30 mil novos casos de neoplasia renal por ano nos EUA e a sua adequada abordagem terapêutica é essencial para maior sobrevida e menor incidência de recidivas locais. Entre as principais opções terapêuticas intervencionistas da neoplasia renal estão a nefrectomia total ou parcial, e as terapias focais térmicas, como ablação por radiofrequência, microondas e crioablação.
A terapia focal térmica é vantajosa devido a menores taxas de complicações e por poupar parênquima renal comparada a terapia cirúrgica, o que a longo prazo promove a preservação da função renal e complicações cardiovasculares, todavia com maiores taxas de recidiva neoplásica local.
Diante de tantas alternativas terapêuticas, devem ser consideradas para a escolha do adequado tratamento, informações como o estadiamento oncológico, topografia e características da lesão renal, bem como limitações inerentes ao paciente e a experiência da equipe. Neste estudo, apresentamos casos em que a terapia focal térmica minimamente invasiva foi considerada a primeira escolha como nos casos de rim único, neoplasias múltiplas hereditárias, recidiva local, insuficiência renal e risco cirúrgico alto, sendo discutidas as suas indicações e desfechos nesta modalidade terapêutica.

Palavras Chave

neoplasia renal; terapia focal; nefrectomia; tratamento minimamente invasivo; radiologia intervencionista.

Área

Radiologia Intervencionista - SOBRICE

Instituições

Hospital Vera Cruz - São Paulo - Brasil

Autores

FELIPE CASTIONI, Carolina Castioni, Thiago José Penachim