Dados do Trabalho


Título

Osteoma do conduto auditivo externo

Introdução

Os osteomas são raros tumores ósseos benignos da parte lamelar óssea, que apresentam crescimento lento de etiologia desconhecida. O osteoma de conduto auditivo externo (CAE) é uma lesão pouco frequente, podendo ocorrer em qualquer idade. Desenvolve-se abaixo da pele do meato e pode causar sua obstrução total ou parcial.  O osteoma tem preferência pela porção mais externa do conduto auditivo externo enquanto a exostose pela sua porção mais interna. O diagnóstico é feito através da história clínica, exame otorrinolaringológico e exames de imagem como a tomografia computadorizada de ossos temporais, além da confirmação anatomopatológica. Em termos de diagnóstico diferencial, eles devem ser diferenciados de exostoses, proliferação de tecido ósseo e osteoma osteoides. O progresso da doença é prolongado, pois são de crescimento lento, tumores geralmente assintomáticos e benignos. Objetivo: Relatar um caso de osteoma de CAE em paciente sintomática e do sexo feminino. Sabe-se que esse tumor é ainda mais infrequente em mulheres e geralmente não provoca sintomas, sendo um achado majoritariamente acidental.

Descrição

B.M.R, feminina, 21 anos, queixa de obstrução auditiva à esquerda. Ao estudo tomográfico sem contraste endovenoso, identificou-se formação óssea pedunculada na parede inferior do conduto auditivo externo esquerdo determinando redução de sua amplitude.

Discussão

Devido ao seu crescimento lento, a taxa de osteomas do canal auditivo externo se desenvolve de forma geralmente assintomática por um longo período, mas, quando sintomáticos, as queixas mais frequentemente relatadas são a hipoacusia e otites de repetição. Os osteomas de CAE são três vezes mais comuns no sexo masculino. O método de escolha no diagnóstico é a TC de ossos temporais. As principais características radiográficas são: supercrescimento ósseo pediculado solitário do canal auditivo externo geralmente na junção cartilaginosa óssea; lesão unilateral; lesões grandes associadas à cera, detritos ou colesteatoma secundário. O diagnóstico deve ser confirmado pelo exame anatomopatológico da peça cirúrgica para descartar outros tumores desta região. Quando sintomáticos, pode-se tentar o controle apenas com tratamento clínico.

Palavras Chave

osteoma

Área

Cabeça e Pescoço

Instituições

HCI - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

MAURICIO RIZZI MACAGNAN, LARISSA GONCALVES VOSS, FERNANDO Mesadri Campos