Dados do Trabalho


Título

DISSECÇÃO DE AORTA COM EVOLUÇÃO PARA AVC ISQUÊMICO DIREITO

Introdução

A dissecção da aorta é definida pela delaminação de sua camada média, que ocorre devido ao influxo de sangue através de um orifício de entrada na camada íntima. É uma condição potencialmente grave, que representa uma pequena parcela das causas de dor torácica. Ela é classicamente dividida em subtipos segundo Stanford, diferindo na taxa de mortalidade de acordo com sua classificação e possíveis complicações. Dentre estas, podemos citar as repercussões vasculares, identificadas em até 1/3 dos pacientes, que acometem principalmente artérias carótidas, mesentérica e renais, contribuindo significativamente para mortalidade deste evento. Neste contexto, a angiotomografia computadorizada possui importância primordial para que essa patologia seja prontamente reconhecida e a posteriori, devidamente tratada.

Descrição

No caso temos uma paciente do sexo feminino, 35 anos, socorrida devido à dor torácica seguida de síncope, liberação de esfíncteres, hemiparesia à esquerda e afasia. Ao exame do médico assistente, apresentava melhora significativa dos sintomas, relatando apenas sonolência e náuseas. Ao questionar a história mórbida, foi identificada somente hipertensão arterial não tratada (SIC). No ambiente hospitalar, foi reavaliada e constatado importante diferença pressórica aferida entre os membros superiores, sendo aventada a hipótese de dissecção de aorta, solicitado então a angiotomografia computadorizada e ecocardiograma. Dentre os achados, foi identificada dissecção de aorta torácica tipo A de Stanford, estendendo-se até a artéria ilíaca comum esquerda. Destacou-se a emergência da artéria carótida comum direita da luz falsa, que não apresentou opacificação pelo meio de contraste, denotando redução expressiva do fluxo cerebral para este lado. Apesar da pronta abordagem cirúrgica para correção, paciente apresentou repercussões desta redução de fluxo, evoluindo com anisocoria, sendo então solicitada tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou acidente vascular de todo hemisfério cerebral direito, inevitavelmente fadada à morte encefálica.

Discussão

Diante disto, podemos identificar a importância do método da angiotomografia de tórax, sendo o exame de escolha para pacientes estáveis hemodinamicamente. Ela visa destacar não somente o diagnóstico de dissecção da aorta, mas também suas possíveis complicações e repercussões, muito bem previstas neste caso, com a possibilidade de intervenção de forma mais ágil.

Palavras Chave

Dissecção de Aorta; Angiotomografia de tórax; Complicações; Isquemia Cerebral; Tomografia computadorizada.

Área

Cardiovascular

Instituições

UNINGÁ - Paraná - Brasil

Autores

FERNANDA COPINSKI, ANA BEATRIZ CHIGUTI QUEIROZ, CAROLINA BARRANCO LARCHER, FILIP GUILHEN PASSIN, ISABELLY SALGADO MARIN, JAMILE DIOGO DE ARAÚJO, LEANDRO HIDEKI OTANI, LETICIA SATIM, YASMIN MORRAMED MAHMOUD DARWICHE