Dados do Trabalho


Título

O papel da radiografia na avaliação da osteodistrofia renal

Introdução

A osteodistrofia renal é um termo que engloba todos os distúrbios de metabolismo do cálcio e do fosfato, que repercutem sobre o sistema musculoesquelético, após o estabelecimento da doença renal crônica.

Este trabalho tem como objetivo demonstrar alguns dos principais achados radiográficos das lesões no sistema musculoesquelético em pacientes do serviço, portadores de DRC dialítica associada a hiperparatireoidismo secundário (PTH variando de 258 a 1254 pg/ml - VR 15 a 65 pg/ml), ratificando a importância deste método para o diagnóstico da osteodistrofia renal.

Descrição

A remodelação óssea decorrente do hiperparatireoidismo secundário gera uma entidade denominada osteíte fibrosa cística, com alto turnover ósseo, que pode estar associada a osteopenia, osteoporose ou osteoesclerose. Outras patologias provenientes desse distúrbio são o raquitismo, caso ocorra em tecido ósseo imaturo, e a osteomalácia, em esqueleto maduro, proveniente da deficiência de vitamina D e hipocalcemia. Pode ocorrer também deposição de diferentes compostos de cálcio e fosfato em partes moles e cristais de hidroxiapatita de cálcio em órgãos, conhecida como calcificação metastática.

O exame radiológico, juntamente com história clínica-laboratorial, compõem métodos valiosos para a caracterização das lesões musculoesqueléticas associadas a esse distúrbio renal, conseguindo auxiliar tanto na avaliação inicial quanto na monitorização de complicações. Alguns achados incluem reabsorção óssea, crânio em “sal e pimenta”, osteosclerose, fraturas patológicas, tumor marrom, dentre outros.

Palavras Chave

osteodistrofia renal; radiografia; doença renal crônica; hiperparatireoidismo secundário; osteíte fibrosa cística

Área

Musculoesquelético (incluindo USG)

Instituições

HUCAM - UFES - Espírito Santo - Brasil

Autores

Filipe Costa Toledo, Letícia Arantes Fiorilo Pelegrine, Ricardo Andrade Fernandes de Mello