Dados do Trabalho


Título

"ONE STOP SHOP PBMICOSE": Achados torácicos resumidos em um relato de caso

Introdução

Micose sistêmica por fungo termodimórfico, do gênero Paracoccidioides spp., com destaque para duas espécies patogênicas: Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis) e Paracoccidioides lutzii (P. lutzii). Também conhecida como PBmicose, a correta denominação de paracoccidioidomicose para doenças causadas pelo Paracoccidioides spp. foi adotada em 1971.
A maioria dos casos conhecidos ocorre nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Também há relato de ocorrência de casos em áreas de colonização mais recente, submetidas ao desmatamento, como na região da Amazônia, atingindo os estados do Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas, onde a PCM pode ser considerada uma micose sistêmica emergente.
O fungo pode se espalhar através do sistema linfático ou sanguíneo para os rins, baço, fígado, osso, glândulas adrenais, sistema nervoso central, pele e vias áreas (incluindo a traqueia).
Na forma aguda ou subaguda há hipertrofia do sistema retículo endotelial e acometimento generalizado de linfonodos, que geralmente fistulizam (se rompem). O fungo pode se disseminar para outros órgãos ou sistemas como pele, ossos e sistema gastrintestinal, além do fígado, baço e medula óssea.
Na forma crônica os sintomas duram de 04 a 06 meses, inclusive acima de um ano. Pulmões, mucosa das vias aerodigestivas superiores e pele são os locais mais acometidos.
A forma residual é caracterizada por alterações sequelares frequentemente encontradas nos pulmões, pele, laringe, traqueia, glândulas adrenais, mucosa das vias aerodigestivas superiores, sistema nervoso central e sistema linfático.

Descrição

O presente relato de caso aborda alguns dos principais achados torácicos da paracoccidioidomicose (nódulos, opacidades em vidro fosco, lesões escavadas e linfonodomegalias mediastinais) em um paciente que apresenta o perfil epidemiológico mais comumente encontrado na doença em questão (sexo masculino, procedente das regiões sul e sudeste).

Discussão

Os achados torácicos mais comumente encontrados na paracoccidioidomicose são: consolidação, representando o preenchimento dos alvéolos por exsudato inflamatório abundante em fungos; nódulo (pode ser miliar ou macronodular) e corresponde a exsudato inflamatório preenchendo os espaços alveolares ou granulomas epitelioides no interstício; lesões cavitárias (decorrente de necrose de massas); opacidades em vidro fosco; sinal do halo invertido; espessamento septal interlobular e padrão fibrótico.

Palavras Chave

Paracoccidioidomicose; lesões escavadas; nódulos; opacidades em vidro fosco; linfonodomegalias.

Área

Tórax

Instituições

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - São Paulo - Brasil

Autores

JESSICA SAID MARCHI, ANTÔNIO HENRIQUE MILHOMEM, LUCAS DE PÁDUA GOMES FARIAS, DANIEL GIUNCHETTI STRABELLI, YURI COSTA SARNO NEVES, EDUARDO KAISER URURAHY NUNES FONSECA, RICARDO MAZZETTI GUERRINI, MARCIO VALENTE YAMADA SAWAMURA