Dados do Trabalho


Título

Hérnias hiatais: um ensaio iconográfico

Introdução

Formação da hérnia hiatal: frouxidão do hiato diafragmático e membrana frenoesofágica, o que permite a migração do estômago cranialmente, comprometendo o posicionamento da junção gastroesofágica (JGE), favorecendo o refluxo gastroesofágico. Sintomas: pirose, regurgitação, tosse (doença do refluxo gastroesofágico, DRGE), complicações como esofagite erosiva, esôfago de Barrett ou estenose esofagiana, as grandes hérnias hiatais, têm manifestações clínicas inespecíficas. Diagnóstico: endoscopia digestiva alta, esofagoestomagoduodenografia (EED) com ingestão de bário, tomografia computadorizada (TC). Classificação: tipo I a JGE desloca-se para acima do diafragma, tipo II a JGE está em na posição normal e o fundo gástrico hernia através do hiato esofágico, tipo III é combinação dos tipos I e II, e o tipo IV há herniação de outra estrutura além do estômago. Tratamento: a hérnia tipo I é assintomática ou manifesta-se com DRGE, tendo manejo medicamentoso ou com fundoplicatura se falha do uso de medicação, e as hérnias do tipo II ao IV possuem risco real de obstrução, sendo indicada cirurgia se sintomáticas. Dada a alta prevalência das queixas que envolvem as hérnias de hiato, e consequente solicitação de exames, o presente ensaio iconográfico tem o objetivo apresentar exemplos na EED e TC.

Descrição

1º caso: Homem, 60 anos, com disfagia e DRGE, em uso de domperidona e omeprazol. EED: hérnia hiatal tipo I e ausência de refluxo. 2º caso: Mulher, 68 anos, com pirose e DRGE, em uso de omeprazol. EED: refluxo gastroesofágico a 2/3 terços médio do esôfago e hérnia de hiato tipo II. 3º caso: Mulher, 56 anos. com dor em torso à esquerda. Refere hérnia hiatal com correção cirúrgica há 20 anos. EED: volumosa herniação diafragmática do estômago. TC tórax e abdome: Volumosa hérnia hiatal com estômago em hemitórax esquerdo. 4º caso: Mulher, 82 anos. Refere cirurgia prévia para correção de hérnia de hiato e queixa-se DRGE, disfagia e de dor em região lombar crônica. AP: escoliose, osteoporose, DRGE. EED: pregas espessadas, presença de ondas discinéticas, presença de herniação de porção proximal do estômago para cavidade torácica. TC tórax e abdome: Volumosa hérnia hiatal com herniação do estomago e de alças intestinais para o tórax deslocando o pulmão. Os casos apresentados ilustram a importância médico radiologista da correta classificação e descrição dos achados, que podem sinalizar para ao médico solicitante a necessidade de maior celeridade para a resolução da condição do paciente.

Palavras Chave

Hérnia hiatal, refluxo gastroesofágico, esôfago, diafragma, estômago

Área

Abdominal Gastrointestinal

Autores

GABRIEL ROSSI SILVA, GABRIELA MORA SANTOS, ISADORA SALES NOGUEIRA SHIOTA, RICARDO GOMES PRIMON, STEPHANIE LASSO VARGAS, GABRIEL FARIA MEDEIROS, ZÉLIA MARIA DE SOUSA CAMPOS, CLÁUDIO CAMPI DE CASTRO